sábado, 6 de junho de 2015

Les Chansons D’amour

Les Chansons D’amour no Sertão Lá tem nuvens de algodão, E ilhós bem sequinhos, E a menina Sofia querendo ver a galinha de capoeira não frita! Falando bem explicadinho nos conta causos sobre comer cachorro assado Ou seria bode assado? Lá também tem muito amor! Vi amor que só, E um nascer do sol bonito que só, Pra aquecer o coração.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Grama

Aproveitar o final do dia, deita-se na grama, fazer nada, deliciar-se com o fim do dia...vento no rosto, barulho de água,pessoas conversando em volta...

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Roteiro

Roteiro para ser seguido? Roteiro para não ser seguido? Roteiro para ser recriado... O roteiro da vida sim, quase sempre nos é recriado... Aí tá a beleza do viver!

sábado, 8 de novembro de 2014

Pneuma e a Energia Vital


Quando uma criança nasce é logo esperado o primeiro grito que vai significar para o médico, parteira, mãe e pai que o ser, antes envolto no útero aconchegante, veio ao mundo. É o grito que anuncia o primeiro suspiro, que aquela criança deixou o ar entrar em seus pulmões e que este se encontra entre os vivos. No Livro dos Espíritos foi-nos colocado que é nesse instante que os laços entre o espírito e o corpo se dão com mais intensidade. A união entre o corpo e a alma que se dá na concepção forma um laço fluídico que vai se apertando cada vez mais, até que o grito da vida escapa e o bebê dá o primeiro suspiro. (Livro dos Espíritos, pergunta 344)
Chamada de Qi ou Chi em chinês, de Ki em japonês ou Prana nas línguas indianas, a respiração é na cultura oriental um exercício de prática diária entre pessoas de todas as idades. Para a medicina oriental o Qi ou respiração significa energia vital, a energia universal que da força, que vem do ar e alimenta todos os seres vivos e os minerais também.
Na religião a respiração também teve seu papel importante na criação do ser. Alexander Lowen em seu livro Bioenergética vai nos colocar:
“A força de vida ou espírito de um organismo tem sido sempre associada à respiração. Na Bíblia existe uma afirmação de que Deus exalou o Seu Espírito sobre um monte de argila, dando-lhe vida. Em Teologia, o Espírito de Deus ou Espírito Santo é chamado de pneuma, palavra definida pelo dicionário como “a alma vital ou o espírito”. A palavra pneuma vem do grego, que significa vento, sopro ou espírito, sendo semelhante termo grego phein, que significa soprar, respirar. Muitas religiões orientais dão ênfase especial à respiração como forma de comunhão com o universo.” (Lowen: 1982:57)
Em seus estudos e na terapia bioenergética, a respiração vai desempenhar um papel importante. Qualquer obstrução do processo respiratório produzirá em nosso corpo uma ansiedade, assim como alguma irregularidade nos batimentos cardíacos também. Assim, essas duas funções vitais do organismo são importante para o bom funcionamento de todos os nossos órgãos e como Lowen nos fala é apenas através de uma respiração profunda e plena que podemos conseguir a energia (tão valorizada pela medicina oriental) necessária para uma vida mais espiritual. (Lowen: 1982:57 e 109)
É o pulmão que vai ajudar no movimento de todos os outros órgãos do corpo humano. É dele que vai fluir todo o Qi através do sangue. De acordo com a medicina oriental é através do Qi do ar misturado ao Qi dos alimentos que a energia vital chega ao coração (Qi do fogo) o qual vai ser transportado para todas as células do corpo . Na fisiologia humana também vamos encontra uma relação intrínseca entre esses dois órgãos que exercem funções tão vitais ressaltadas até aqui: a respiração e a circulação.
A respiração, no entanto é o ponta pé inicial para a circulação da energia vital em nosso corpo e é essa função que na cultura ocidental foi sempre posta em segundo plano. Quando nos foi ensinada (ou desaprendida) a respiração tomou um caminho errôneo. Porém outrora, quando bebês, respiramos pelo diafragma, quando crescemos começamos a respirar enchendo o peito, visualizando uma respiração pelos pulmões.
Dessa forma o Qi fica deficiente nos pulmões e em todas as células do nosso corpo. No pulmão em especial, essa falta de energia vai ocasionar algumas doenças. Uma delas é a asma, uma doença de cunho emocional somado a fatores ambientais e que se relaciona com esse desaprendizado do modo correto de respirar. O diafragma vai ai exercer um papel importante para o início de um exercício de auto-cura do corpo humano e desse órgão.
O diafragma é um músculo que divide o tórax do abdome e fica localizado abaixo dos pulmões exercendo uma força de relaxamento e contração que vai ajudar no funcionamento correto do pulmão e conseqüentemente da respiração. Muitas práticas ajudam no aprendizado dessa função do diafragma e desse movimento mais relaxado do corpo. Podemos citar a yoga como uma dessas práticas. Mas aqui vamos dá destaque a uma prática que fazemos até debaixo do chuveiro e que toda pessoa é capaz: o canto.
É o canto que traz alegria a qualquer ser, plantas, animais e nós seres humanos. É o canto do rouxinol, como nos fala a música de Milton Nascimento. O rouxinol tem o canto considerado um dos mais bonitos dos pássaros. É um animal de plumagens simples e que canta durante a noite escondido na relva das plantas. Para cantar precisamos usar o diafragma para fazer brota o som que vem de dentro de nós.
Erroneamente pensamos que o som vem da garganta, e achamos que só pessoas com um dom divino podem cantar. O rouxinol, um pássaro tão pequeno e de plumagens tão simples tem o canto mais bonito e encantador. O canto é na verdade um desabrochar dos sentidos mais profundos do nosso corpo. Ele vem desse movimento de contração e relaxamento do diafragma, vem do se abrir, abrir os músculos intercostais, se abrir para a vida e deixar o que há de mais intimo em nós mesmos se libertar. Cantar é deixar essa harmonia que fala a música rouxinol, é deixar o canto se hospedar em si trazendo para o nosso intimo “uma harmonia trazida dos rouxinóis”.


Referências Bibliográficas

LOWEN, Alexander. Bioenergética. Tradução de Maria Sílvia Mourão Netto. São Paulo: Summus Editorial, 1982.

Ver, sentir...as pequenas coisas da vida!

Vejo como tudo pode terminar ou iniciar numa grande explosão, numa pequena obstrução arterial, numa aceleração e no parar do coração, numa simples infecção. A nossa mente pode se emaranhar numa imensa saudade do coração. Sei que quero mais... viajar para lugares novos velhos; ir a museus que nunca fui; emocionar com as fantasias fantásticas das palavras e da ação; passear nos barcos que nunca tiver tempo de embarcar; caminhar simplesmente sentindo a brisa no rosto e no corpo... Sei que quero mais... dançar, orar, meditar, sorrir, chorar. Quero comer e tomar um café para me estabilizar e conversar sem querer chegar a objetivo algum. Quero somente o simples prazer de sentir e viver.

domingo, 12 de abril de 2009

Ilusão

Não sei o que é ilusão.
Não sei o que é realidade.
Não sei se eu existo,
Não sei se você existe.

Não sei se meus sentimentos existem.
Não sei se são só pensamentos
Ou se existe tudo isso em algum lugar...
No mundo, no universo ou no tempo.

Acho que é só passado...
Mas meus sentidos quase sempre me enganam.
Acho mesmo é que não sei mais nada,
Não sei de você, nem sei de mim mesma.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Feliz Natal e Próspero Ano Novo!

Festas de fim de ano! O que estamos festejando? O nascimento do menino Jesus? Com quem estamos confraternizando? Com nossos familiares? E a humanidade? E nossos irmãos que deveríamos nos confraternizar? Sei que passamos a noite de natal e a virada do ano velho para o ano novo, festejando com os nossos, comendo e bebendo com os nossos, nos vestindo bem para nos sentirmos bem.

Onde está o sentido do Natal? Será que esquecemos a magia do Mateus que sai a procura do menino Deus para fazer um baile com as manifestações culturais do Nordeste brasileiro, o Bumba-Meu-Boi, o Jaraguá, o Frevo e as coisas mais lindas que não morrem com o tempo. Será que não buscamos mais a estrela de Belém nem fazemos mais bailes para festejarmos as mudanças e o nascimento de novos e bons sentimentos. Só desejamos não sentirmos dor, não ficarmos tristes, ganharmos mais dinheiro, roupas novas, namorados e maridos de preferência ricos.

Limitamos nossa felicidade a si próprios e as conquistas materiais. E que presente damos ao menino Jesus? Em cada ano que passa de nossa jornada, com que amor presenteamos o nosso irmão que está na rua ou que simplesmente está excluído da nossa sociedade. Não podemos mais sentir dor, nem tristeza e perdemos a capacidade de refletir sobre nós mesmos, estamos sempre ocupados consigo mesmos, com nossas conquistas, com nossas batalhas diárias, com nossa felicidade passageira, egoísta e ilusória. E não percebemos que a batalha que devemos travar é consigo mesmo, com nossa limitação de amar.

Todos os dias muitos saem em busca daquela estrela. Como os Mateus, os Severinos do nosso Brasil. Muitos seguem a geografia da fome e encontram a lama, a lama que proporciona morte e vida ao mesmo tempo. As vezes essa lama é seca, as vezes essa lama é a solidão. Mas, todos, sem distinção, saem a procura da esperança.

E só não podemos ter medo, pois a mudança doí, mesmo que seja preciso nos vê por dentro, mesmo que seja preciso chorar, mesmo que nos demos conta que estávamos vivendo uma realidade falsa e uma felicidade ilusória. A esperança porém é que tudo isso, toda essa caminhada em direção a estrela nos leva a um lugar melhor. Um lugar onde podemos dar as mãos (como numa roda de ciranda) e girar, girar, girar... todos juntos em volta do amor.


Então, boa transformação interior e um
bom encontro consigo mesmo, com a esência de si.


Feliz transição!